segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ajuda a galope - Cavalos auxiliam na recuperação de deficientes


Uma vez por semana, a professora Ângela Ramona, 51 anos, leva a neta, Pollyana, 9 anos, ao Centro de Equoterapia de Samambaia. O local oferece atividades terapêuticas com cavalos para portadores de necessidades especiais. Essa foi a forma que Ângela encontrou para melhorar o desenvolvimento nervoso da criança. “Ela está mais segura, tem maior noção de perigo”, conta.
Pollyana, assim como cerca de outras 500 pessoas no Distrito Federal, é beneficiada pela equoterapia – tratamento complementar na recuperação e reeducação tanto de movimentos, quanto mental. É uma ação que une as áreas de saúde, educação e equitação.
Um dos aspectos mais importantes da prática é a conscientização de crianças e jovens sobre suas capacidades. O ato de montar desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e auto-estima para os praticantes.
Problemas como paralisia cerebral, a Síndrome de Down, deficiência auditiva e hiperatividade, têm indicação para o tratamento.
Nos centros de equoterapia há diversos profissionais envolvidos. Professores de educação física, psicólogos, instrutores de equitação, fisioterapeutas e assistentes sociais fazem parte da equipe.
A Associação Nacional de Equoterapia (Ande-Brasil), uma entidade filantrópica com sede em Brasília, incentiva a prática da Equoterapia no território nacional. Oferece, ainda, atendimento gratuito. A instituição mantém uma série de parcerias com empresas públicas e privadas para aplicar o trabalho. Também oferece cursos de capacitação de profissionais para integrar os centro de equoterapia.
Há onze anos, a Divisão de Ensino Especial da Secretaria de Educação do DF mantém convênio com a Ande-Brasil. A entidade realiza pesquisas sobre o efeito positivo da equoterapia sobre a alfabetização, socialização e o desenvolvimento global de alunos portadores de necessidades educativas especiais.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece a equoterapia como modelo a ser utilizado na reabilitação de pessoas com deficiências. De acordo com a legislação brasileira, há necessidade de comprovação médica feita por profissionais do país, para receitar a terapia com cavalos.
Os animais são adquiridos geralmente por doação, independentemente da raça. Os cavalos devem estar sadios, sem nenhuma deformidade nem histórico de violência.
Postada em 24/02/2005 no site Na Prática - IESB

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